Empresas pedem duplicação da Faixa Nova com verba que sobrou do Crema

Foto: Gabriel Haesbaert (Arquivo Diário)

Ainda não há nada certo, mas surge uma boa esperança para que saia do papel a tão esperada duplicação da Faixa Nova de Camobi. Apesar de ser período eleitoral, é importante deixar claro que a ideia não partiu do governo do Estado, mas das construtoras que estão fazendo as obras de recuperação da RSC-287 e de outras rodovias estaduais pelo programa Crema, financiado pelo Banco Mundial, num contrato feito em dólares.

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Como a proposta vencedora na licitação ficou abaixo do previsto no empréstimo e como o dólar subiu muito desde a assinatura do financiamento, vai sobrar dinheiro no contrato: seriam cerca de R$ 30 milhões. As construtoras perceberam que existe a possibilidade de usar esse recurso e vão pedir para o Daer e a Secretaria Estadual de Transportes que o contrato seja ampliado, prevendo a duplicação de parte ou de toda a Faixa Nova - dependerá das análises de quanto custará a obra. Previamente, a ideia teria sido bem aceita pelo Daer.  

A prefeitura, a UFSM e entidades como Cacism, Sinduscon e Fórum de Entidades Empresariais também devem enviar documentos ao Estado para ratificar o pedido de duplicação da rodovia, pois enfrenta longos congestionamentos e é palco de inúmeros acidentes.

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Um projeto de duplicação da Faixa Nova, entre o viaduto da Rodoviária e o trevo da estrada de Pains, que havia sido feito pelo Dnit quando a rodovia era uma BR, deverá ser usado, o que pode agilizar a tramitação e economizar dinheiro. A intenção é duplicar todo esse trecho. 

Pedido é só um primeiro passo

É preciso deixar claro que essa proposta ainda está em fase inicial e que será preciso toda uma tramitação para pedir ao Banco Mundial para que ele aprove a inclusão dessa obra no financiamento. Isso deve levar um tempo. Porém, se isso der certo, será uma grande conquista para a cidade, pois se depender de verba do Estado ou de implantação de pedágios para um dia duplicar a Faixa Nova, vai demorar muito mais.